O velho "novo", ou o novo "velho"

Em 1988, enquanto Cazuza lançava o seu novo album e emplacava o hits "ideologia, eu quero uma pra viver", do outro lado da história do Brasil, no mundo político, em uma assembléia constituinte presidida por Ulisses Guimarães (o bom velhinho) era assinado a nossa sétima promulgação da Constituição brasileira. O pacto anti-militar foi assimilido pela sociedade, e talvez tenha sido este, na minha opinião, o grande ideal compartilhado por milhões de brasileiros.

A bem da verdade, as ideologias ou utopias contidas na nossa Constituição para a construção de uma sociedade mais digna e mais justa, depende, como sempre dependeu e muito de nossas atitudes, participação e vontade para que isso ocorra de fato, e não apenas da vontade de partidos ou grupos que as vezes, e na maioria das vezes, escondem em seus manifestos e discursos o seu desejo de tentar estar no poder, só por estar. Basta vermos a hsitória de muitas pessoas principalmente em épocas de eleição, costumeiramente alguns políticos parecem que estão jogando "amarelinha" na política de uma cidade, vivem pulando em cada eleição sempre de um partido a outro, apenas "arquitetando" para tentar chegar ao poder, nem que para isso, tenham que literalmente trair a seus companheiros, uma, duas, três vezes, não importa, o poder fala mais alto para estas pessoas e cuspir no prato que um dia comeram uma prática, o pior de todos é aquele que tem que voltar a comer no próprio prato que um dia cuspiu. No jogo político não há arrependimento, apenas interesses.

Esta classe de políticos, com discursos dignos de um camaleão, hasteam suas velas, que se alteram como o vento sempre a cada 4 anos, sentam-se juntos na mesma mesa, tentam vender um falso ideal ou ilusão de novo que na verdade, de novo nada existe, ressucitam o velho, e com ele velhas práticas, muitas das quais já condenadas em Tribunais; a esta classe digo dos políticos que ja administraram uma cidade e que tiveram contas publicas rejeitadas ou condenados a devolverem dinheiro aos cofres públicos, ou que realizam atos de desvios de recursos, e estão por ai , como se nada tivesse acontecido,  por detrás das cortinas, nos bastidores comandando coligações.

Nos dias atuais, onde tanto se fala de marcha contra a corrupção, de moralidade com o dinheiro público, com o advento da internet, a pessoa só é enganada se quiser, a "falsa" idéia de transparência que alguns tentam demonstrar em períodos eleitorais, podem ser facilmente desmoralizadas frente a transparência real que existe hoje nos sites dos Tribunais de Justiça, Eleitoral, Federal, Ministério Público etc, está a um clique da pessoa, basta fazer uma consulta online, colocar o nome/parte e verificar se há fundamento ou não a fatos que certamente muitos querem ocultar ou evitam falar.

A ideologia de alguns partidos se confundem com a falsa moral que tentarão impor nestas épocas de eleições como se fosse uma moda, todos pelo bem da cidade, cuidado, isso se perdeu a muito tempo, e agora muitos tentarão voltar travestidos de novo, mas na verdade apenas trocaram de roupa, se revestiram com um visual mais leve, um acessório aqui, outro ali, achando que tudo é válido para tentar enganar a maioria dos eleitores que não estão nem ai pra "moda", mas apenas querem o básico, terem seus direitos preservados e uma cidade sempre melhor para se viver!

Cuidado! Nestas eleições, pesquise, compare !